Uma Experiência De Erasmus: A Construção De Uma Identidade Em Psicomotricidade

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOMOTRICIDADE I CONGRESSO INTERNACIONAL DE PSICOMOTRICIDADE XIV CONGRESSO BRASILEIRO DE PSICOMOTRICIDADE

UMA EXPERIÊNCIA DE ERASMUS: A CONSTRUÇÃO DE UMA IDENTIDADE EM PSICOMOTRICIDADE

Autoras:

Luísa Ventura 1
Mª Beatriz Freitas 2

1Licenciatura em Reabilitação Psicomotora, Faculdade de Motricidade Humana, Universidade de Lisboa. luisadomar@gmail.com
2Licenciatura em Reabilitação PsicomotoraFaculdade de Motricidade Humana, Universidade de Lisboa. mbeatrizfreitas99@gmail.com

Resumo:

Neste estudo duas alunas relatam a sua experiência de mobilidade ao abrigo de um programa de mobilidade na Universidade de la Republica em Montevideo, Uruguai. Refletindo a partir de um diário auto biográfico, tentamos examinar as experiências decorridas, por forma a compreender os nossos objetivos, expectativas e envolvimento nas atividades formativas na universidade de acolhimento, explorando o impacto que esta experiência de mobilidade vem tendo no que respeita as aprendizagens adquiridas, a compreensão sobre a Psicomotricidade, sua definição, âmbitos e modelos de intervenção.

Palavras-chave: Psicomotricidade, Intercâmbio, Portugal, Uruguai

1. Introdução

Em Portugal, ao longo dos anos, a Psicomotricidade tem sido definida como uma área transdisciplinar que tem como objetivo estudar e investigar a relação que existe entre o psiquismo e a motricidade do ser humano, ou seja, as relações recíprocas e sistémicas da motricidade com as questões da personalidade de cada indivíduo, em particular as suas expressões afetivo-emocionais e psico-sócio-cognitivas (Fonseca, 2008).

Vitor da Fonseca (2008) refere que o psiquismo diz respeito ao funcionamento mental, que inclui as sensações, emoções, perceções, medos, inspirações, as ideias, entre outros processos mentais, relacionais e sociais enquanto a motricidade é entendida como um conjunto de expressões corporais, verbais e corporais resultantes da expressão psíquica do ser humano, compreendendo funções tónicas, posturais, práxicas e somatognosicas. Posto isto, a motricidade não pode ser separada dos processos psicológicos pois está intrinsecamente dependente das motivações e significações internas que a fundamentam (Fonseca, 2008).

A Psicomotricidade enquanto área de formação em Portugal apareceu no século XX na década de 80, através da licenciatura em Educação Física na Faculdade de Motricidade Humana. Começou por ser estabelecida como uma especialização em Educação Especial e Reabilitação (EER). No início dos anos 90 esta especialização passou a constituir uma formação de ensino superior progressivamente mais independente.

No ano de 2002 a licenciatura em Educação Especial e Reabilitação passou para uma licenciatura própria em Reabilitação Psicomotora que mais tarde foi adaptada ao processo de Bolonha. Com o passar dos anos, mais especificamente em 2006 e 2007 outras faculdades adotaram esta mesma licenciatura, a Universidade Fernando Pessoa, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Instituto Piaget e Universidade de Évora. (APP, s.d.)

Hoje em dia, a licenciatura em Reabilitação Psicomotora é lecionada na Universidade de Lisboa, na Faculdade de Motricidade Humana, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e na Universidade de Évora (APP, s.d.)

A licenciatura de Reabilitação Psicomotora na Faculdade de Motricidade Humana, onde nos inserimos enquanto alunas, é de três anos. Este curso está organizado em cinco áreas científicas, sendo estas, a biologia das atividades físicas, a pedagogia e metodologia de intervenção nas atividades motoras, a psicologia e comportamento motor, a matemática aplicada e estatística e a sociologia (FMH, s.d.).

No primeiro ano, os temas específicos da psicomotricidade estão relacionados com a formação psicocorporal do psicomotricista, a história da Psicomotricidade e os seus principais impulsionadores e também a importância do conhecimento da antropologia cultural.
O segundo ano é mais direcionado para o estudo das as populações as quais o psicomotricista irá atuar, em disciplinas que abordam as perturbações do desenvolvimento, dificuldades de aprendizagem, controlo motor e aprendizagem, psicologia da saúde, gerontopsicomotricidade. Ainda neste ano, a avaliação mediante o conhecimento de instrumentos e métodos de avaliação do desenvolvimento de uma criança é uma área abordada.

Por fim, o terceiro ano inclui a realização de um estágio onde os alunos têm um primeiro contacto com a intervenção psicomotora em diversos contextos e com diversas populações sendo acompanhados num processo de observação, avaliação e planeamento de sessões.

O objetivo geral desta licenciatura é formar profissionais que possam centrar a sua intervenção na motricidade e no psiquismo, numa perspetiva biopsicossocial. Mais especificamente, pretende que os alunos no final da sua formação compreendam as adaptações a nível motor, cognitivo e socio-emocional , promovendo a saúde a qualidade de vida, e sejam capazes de avaliar e a estabelecer perfis psicomotores, criar programas de intervenção psicomotora juntamente com outros profissionais e colaborar na orientação das várias áreas de intervenção psicomotora ao nível pessoal, familiar, comunitário dirigidas a pessoas com dificuldades de aprendizagem, incapacidades ou deficiências (FMH, s.d.).

A nível profissional, em Portugal, os psicomotricistas intervêm com todas as idades, desde os bebés até aos seniores mediante técnicas de relaxação, terapias expressivas, atividades lúdicas, consciência corporal, atividades motoras e de consciencialização motora com um enfoque terapêutico, reabilitativo, reeducativo e preventivo, intervindo nos problemas de comportamento, desenvolvimento, aprendizagem, de maturação psicomotora e psicoafectivo. (APP, s.d.)

Os psicomotricistas trabalham nos sectores privados e públicos, abrangendo: jardins-de-infância, escolas, escolas de ensino especial, centros de dia, instituições para pessoas com deficiência, de inserção social e para pessoas idosas, hospitais, residências para crianças e jovens, projetos municipais e clínicas privadas. (APP, s.d.)

O reconhecimento da nossa profissão em Portugal ainda não está estabelecido formalmente nem uniformemente em todo o território nacional. No entanto, a profissão é reconhecida pelo ministério da saúde e da educação e solidariedade social (APP, s.d.).

A Faculdade de Motricidade Humana, ao abrigo de programas de mobilidade como o Programa Erasmus, proporciona aos seus alunos a oportunidade de durante um ou dois semestres realizar a sua formação no estrangeiro, em faculdades que sejam suas parceiras.

A colaboração entre a Universidade de Lisboa (ULisboa) e as Universidades da América Latina tem uma grande influência no que se refere à mobilidade estudantil e não só, pois o seu principal objetivo é promover a participação em diversos projetos de intercâmbio de pessoal docente e de estudantes (UL, s.d.a). É neste âmbito que, no primeiro semestre do ano letivo 2019/2020, as autoras realizam uma mobilidade na Universidade de la República Uruguay (Udelar) frequentando disciplinas da Licenciatura em Psicomotricidade com o objetivo de obter uma nova perspetiva do que é a Psicomotricidade num outro país e nos enriquecermos a nível cultural.

2. Objetivos

Através de uma reflexão pretendemos, com este artigo:

  • Compreender as expectativas em relação ao programa de mobilidade realizado no 1º semestre de 2019 como alunas do Curso de Psicomotricidade na Universidade de Montevideo no Uruguai
  • Descrever o nosso envolvimento nas atividades formativas
  • Analisar o impacto desta experiência
  • Comparar a visão da Psicomotricidade nos dois Países

3. Metodologia

Este artigo tem como base uma metodologia relacionada com um paradigma de investigação qualitativa sendo, fundamentalmente, o relato na primeira pessoa de um conjunto de questões através do método autobiográfico.

Cavalcante, Silva e Cavalcante (2017) explicam que o método (auto) biográfico é importante pois tem em conta a subjetividade do sujeito, incluindo a sua formação e experiências de vida relevantes para o tema. Santos & Garms (2014 cit. in Cavalcante et al., 2017) acrescentam ainda que este método, para além de trazer uma nova dimensão para as ciências da educação, também coloca o sujeito no centro deste processo de investigação. As narrativas (auto) biográficas desencadeiam assim um processo de formação e autoformação (Mota, 2016 cit. in Cavalcante et al., 2017).

Nos países europeus é muito comum as universidades oferecerem a oportunidade (e o financiamento) aos estudantes para fazerem um período de mobilidade de, no mínimo um semestre. Portugal não é exceção. Muitos alunos acabam por ficar pela Europa, mas a Universidade de Lisboa também proporciona experiências mais longe, por isso, decidimos escolher o Uruguai sabendo que a formação em Psicomotricidade neste País existe já há mais de três décadas.

Com este Programa de Mobilidade pretendíamos aprofundar os nossos conhecimentos sobre a Psicomotricidade, a partir de novos pontos de vista, observando o modo como a Psicomotricidade é exercida noutro país, aumentando os nossos conhecimentos nesta área. Também consideramos que esta experiência é uma oportunidade para podermos expandir as nossas capacidades de escrita e fala na língua espanhola, conhecer novas pessoas, explorar outra cultura, um novo país e abrir os nossos horizontes. Deste modo, para além da importância que esta oportunidade tem na nossa experiência formativa, também aprendemos e crescemos como pessoas e cidadãs do mundo.

Intercâmbios como este são muito importantes a longo prazo, pois é algo que nos ajuda a alcançar os nossos objetivos enquanto pessoas e futuras psicomotricistas, para além de nos diferenciar de tantos outros no mercado de trabalho.

Inicialmente viemos para o Uruguai sem ideias pré-concebidas, pois nenhuma de nós conhecia o País e a forma como a formação em Psicomotricidade acontecia.
Assim, quando chegámos, deparámo-nos com sentimentos mistos de curiosidade, medo, ansiedade.

Vimo-nos sozinhas num país diferente do nosso, onde iríamos ficar durante seis meses. Fomos assim obrigadas a sair da nossa zona de conforto a nos confrontarmos com as nossas fraquezas mas também com as nossas forças. Os medos eram os normais, e passado pouco tem ficámos tão fascinadas com tudo que nem pensámos muito nas emoções menos positivas e nos nossos receios iniciais.

Viver longe da família já era uma realidade para nós, portanto as atividades de vida diária como o cozinhar, tratar da roupa não era novidade. Mesmo assim, foi necessário um tempo de adaptação, desafiarmo-nos para encarar o desconhecido, até entrarmos que entrámos no ritmo. Depois disso, poucas palavras existem para descrever toda esta experiência, mas …tem sido incrível!

4. Resultados

Neste momento, estamos quase a terminar o nosso semestre. Tivemos oportunidade de conhecer uma nova realidade e que de seguida iremos descrever:

4.1. Atividades curriculares

Nas primeiras semanas do nosso semestre no Uruguai foi-nos dada a oportunidade de frequentar duas disciplinas, “Atención primaria en Salud”(APS) e “Educacion Psicomotriz”. APS aborda o tema da saúde mental em todas as idades no contexto mais clínico, por isso, as aulas práticas desta disciplina eram formadas por sessões individuais com crianças e sessões grupais com idosos em clínicas que estão inseridas em meios sociais mais desfavorecidos. No caso da Educação Psicomotora, as aulas práticas aconteciam num Jardim de Infância, com uma turma de 27 alunos entre os 3 e os 5 anos, estas sessões neste tipo de contexto tinham como objetivo prevenir problemas que pudessem surgir e não tanto de tratar de algum tipo de perturbação.

No restante tempo que do semestre frequentamos mais cinco disciplinas, concretamente, Psicopatologia, Psicologia III, Neuropediatria, Psicomotricidade III e Clínica de Lactantes, das quais, apenas as últimas duas tinham aulas práticas com crianças, entre os 5 e os 12 anos, e bebés entre os 0 e os 3 anos de idade. Já contamos com mais de 80 horas de observação em aulas práticas.
Foi aqui, no Uruguai, que tivemos o nosso primeiro contacto, em âmbito escolar, com populações-alvo com que vamos trabalhar no futuro.

4.2.Atividades extracurriculares

A convite do professor Juan Mila e das nossas colegas da faculdade, realizámos três formações que enriqueceram a nossa perspetiva em relação à Psicomotricidade e às diversas formas que se pode intervir no Uruguai.

4.3.

Barreiras

Como qualquer estudante que vai para outro país, enfrentámos algumas barreiras, mas decidimos vê-las como desafios.
Aquele com que nos deparámos primeiro foi a língua. Apesar de português ser parecido ao espanhol nenhuma de nós teve aulas antes de chegar ao Uruguai e ao início tivemos algumas dificuldades na compreensão. Chegávamos ao fim do dia com cansadas e com dores de cabeça por ter de traduzir tudo constantemente. Mas ao fim de umas semanas a adaptação foi total. Agora já compreendemos tudo e falar também já é bastante fácil.

A composição do nosso horário definitivo com as aulas que iriamos frequentar também demorou algum tempo. Comparando com Portugal a carga horária é um pouco menor, o que nos permite ter outras experiências extracurriculares.

A nível de formação, a diferença que notámos foi o não termos as aulas sempre no mesmo sítio. Com as aulas práticas fomos a hospitais que ficam a uma hora de autocarro (já noutro departamento) e outros a meia hora a pé. Apesar das distâncias, é muito interessante podermos experimentar diferentes contextos e ver diferentes realidades. Assim, achamos que, apesar dos desafios da língua e da necessidade de adaptação a uma outra forma de organização da componente letiva, aprendemos muito mais.

4.4.Psicomotricidade no Uruguai

Pelo que temos tipo oportunidade de aprender e observar a Psicomotricidade no Uruguai tem muitas influências europeias na sua conceptualização, principalmente oriundas de França. Mila (2018) explica que a Psicomotricidade pode ser definida como uma disciplina que intervém, por meio da mediação corporal, através da prevenção, promoção, diagnóstico e tratamento no âmbito clínico e através de tarefas socioeducativas ao longo das diferentes etapas da vida num âmbito mais educativo.

Pelo que nos foi possível compreender a diferença que notámos neste semestre a nível da formação foi que a maior parte dos estudantes, depois de licenciados, começa a trabalhar. Por outro lado ao longo da Licenciatura existem muitas oportunidades de contactar diretamente com a população. Desde o segundo ano existem aulas práticas na comunidade ao passo que a formação em Portugal na nossa Faculdade só o prevê no terceiro e último ano da Licenciatura, com o estágio. Isto permite aos estudantes no Uruguai experimentar e exercer a prática da psicomotricidade com diversas populações antes concluir a sua formação.

4.5.O que mudou na nossa visão de psicomotricistas

Ao longo desta jornada, a nossa visão de psicomotricistas mudou, tanto no plano formativo como no plano do nosso possível enquadramento profissional no futuro.
Na perspetiva formativa, foi-nos possível perceber que no Uruguai as aulas práticas são realizadas com as populações, o que permite que no preparemos melhor para pôr em prática a nossa profissão. Aprendemos a idealizar sessões dirigidas em concreto à população com quem contactamos. Por outro lado é possível observar e trabalhar junto de pessoas de todas as idades durante a licenciatura, podendo assim de forma mais clara perceber quais os nossos interesses e competências para exercer esta profissão no futuro.

A formação em todas as disciplinas permitiu-nos compreender que o mais importante é sempre o nosso paciente, tendo em consideração as mensagens corporais e as informações que outras pessoas como os pais, professores ou outros profissionais nos podem fornecer.

De um ponto de vista mais profissional, pareceu-nos que no Uruguai a profissão de um psicomotricista é mais compreendida pela população em geral e entidades onde estes profissionais trabalham, pelo que, são muito requisitados e reconhecidos na sociedade.

5. Considerações Finais

Este artigo teve como objetivo dsecrever a nossa experiência no período de mobilidade onde nos inserimos como alunas na Licenciatura de psicomotricidade na Universidade de Montevideo, tentando partilhar a visão que podemos obter relativamente à psicomotricidade e sua formação em ambos os países. Em suma, não há qualquer dúvida de que um intercâmbio deste género só tem a acrescentar à formação de qualquer futuro psicomotricista.

É muito importante e enriquecedor perceber como se processa a formação e como trabalhamos noutros países e, como tal, ver o que podemos aprender com professores e profissionais de outro país. Há sempre algo que podemos ensinar e algo que podemos aprender. Esta experiência tem sido incrível estamos a duas muito contentes por este desafio.

6. Agradecimentos

Queremos agradecer às pessoas que tornaram possível a realização deste trabalho.
Começando pela Professora Dra. Paula Lebre, nossa orientadora da FMH, por todos os esclarecimentos de dúvidas, pelas sugestões, críticas e por todo o auxílio que nos concedeu.
Ao professor Juan Mila por todo o apoio e disponibilidade que demonstrou desde o início para nos receber no seu país e nos integrar no curso, assim como, a todas as alunas com quem tivemos a oportunidade de partilhar algumas experiências, dentro e fora das salas de aula, contribuindo assim para uma melhor integração nos hábitos e na cultura do Uruguai.

Um agradecimento muito especial aos nossos familiares por nos permitirem esta experiência, pela aceitação desta nossa decisão desde os primeiros momentos e pelo apoio que nos têm dado ao longo de toda esta experiência, principalmente nos momentos mais difíceis.

Por fim, agradecer aos nossos amigos de Portugal que nos momentos realmente indispensáveis estão presentes, e a todos os novos amigos que fizemos cá, que nos estão a permitir desfrutar ainda mais desta vivência.

7.Referências bibliográficas

APP, (s.d.). Retirado a 15-10-2019 de https://www.appsicomotricidade.pt/psicomotricidade/
Cavalcante, J., Silva, E., Cavalcante, F. (2017). Método (auto) biográfico e a pesquisa formação. In Investigação Qualitativa em Educação: Atas CIAIQ 2017, Congresso Iberoamericano de investigação qualitativa (pp.1688-1697). Retirado de https://bit.ly/2BCknwi
FMH, (s.d.). Retirado a 15-10-2019 de http://www.fmh.utl.pt/pt/licenciaturas/reabilitacao-psicomotora-1c
Fonseca, V. (2008). Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem. IN, Congresso Internacional “Educación Infantil y Desarrollo de Competencias” (pp. 1-3; 8-9). Madrid: Asociación Mundial de Educadores Infantiles.
Mila, J. (2018). Los estudios de psicomotricidad en la Universidad de la República de Uruguay. Percepción de las competencias sobre formación corporal de los estudantes. Dissertação de Doutoramento apresentada à Escuela Internacional de Doctorado da Universidade de Murcia. https://digitum.um.es/digitum/bitstream/10201/61659/1/Tesis%20MILA%20DEMARCHI%20.pdf
UL, (s.d.a). Retirado a 15-10-2019 de https://www.ulisboa.pt/info/america-latina
UL, (s.d.). Retirado a 15-10-2019 de https://www.ulisboa.pt/info/acordos-de-cooperacao

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